Cidades

CFM defende Revalida como condição de permanência de cubanos no Brasil

Presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, diz que exame é importante para brasileiros e estrangeiros

Paula Laboissière, da Agência Brasil | 23/01/2019 16:37

O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Carlos Vital, defendeu hoje (23) a submissão ao Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos) como condição para que médicos cubanos possam continuar trabalhando no Brasil. O governo federal estuda formas de regularizar a permanência desses profissionais após o fim do acordo de cooperação entre Brasil e Cuba no Programa Mais Médicos.

“Entendemos que, nesse caso específico do programa, todos os médicos, brasileiros e estrangeiros, com diplomas no exterior devem revalidar esse diploma através do Revalida. Isso é uma exigência inarredável para que se possa ter segurança no atendimento da população brasileira”, declarou Vital.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do CFM lembrou que o Revalida envolve um processo que poderia ser realizado a qualquer momento, desde que o governo brasileiro se programe para isso. Vital condenou a possibilidade de uma seleção específica ou diferenciada para profissionais cubanos que atuavam no Mais Médicos e disse que eles devem passar por uma prova “nos moldes” atuais.

Vital afirmou que o conselho não participou de nenhum dos encontros que discutiram formas de regularizar a permanência de médicos cubanos no Brasil, apesar de já ter se reunido este ano com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Não há trabalho conjunto em relação a isso. Estamos dispostos a contribuir nos projetos para construção de uma política de saúde consistente e com uma visão de saúde como política de Estado”, concluiu.

Em novembro de 2018, foi encerrado o acordo de cooperação entre Brasil e Cuba. O governo cubano discordou das novas exigências feitas pelo Brasil, como a necessidade de os profissionais se submeterem ao Revalida. O exame serve para comprovar o grau de conhecimento de brasileiros ou estrangeiros com diplomas de graduação em instituições de ensino do exterior.

O presidente Jair Bolsonaro reiterou a defesa pelas novas exigências.

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