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Os ventos da mudança, por Heitor Freire

Por Heitor Freire (*) | 18/08/2012 15:50

Os ventos da mudança estão começando a soprar. E quando os ventos começam, obedecem a uma sequência natural em que a velocidade vai se acelerando aos poucos, tomando corpo, aumentando até que a sua força adquira contornos irresistíveis, levando tudo de roldão. A força da natureza não encontra resistências. Assim é também na política.

Lembro-me da eleição para governador no Rio de Janeiro, na primeira direta para governadores, logo depois da anistia. Leonel Brizola tinha 3% das intenções iniciais de voto; Sandra Cavalcanti navegava tranquila em mares de almirante, com robustos 60% na preferência do eleitor. Aí os ventos da mudança começaram a soprar. Para resumir, Brizola foi eleito.

Sinto que os ventos da mudança começaram a soprar no planalto da serra de Maracaju. A posição geográfica de Campo Grande é exatamente nessa região.

As eleições municipais que se realizarão neste ano prenunciam uma grande oportunidade para mudanças significativas. Começa a despertar uma consciência cívica, que vai se tornando um fato político da mais alta relevância.

Dentre os candidatos a prefeito de Campo Grande, começa a despontar o nome de Reinaldo Azambuja que, unido a Athayde Nery, gradativamente, está ganhando a preferência de setores representativos da nossa cidade. As pressões que ambos receberam para renunciar às suas candidaturas não foram poucas.

Mas assim como o bambu, que enverga mas não quebra, souberam com muita personalidade, consciência e coerência resistir. Um pé de bambu não cresce sozinho. No meio da Revolução Francesa, Danton aconselhou de l’audace, encore de l’audace, toujours de l’audace (“Audácia, mais audácia, sempre audácia”). E é este pensamento que está norteando as ações destes candidatos.

As primeiras pesquisas divulgadas colocam os candidatos Reinaldo e Athayde em 4º lugar. Mas esta posição que representa uma colocação num dado momento, é relativa. O que estimula e ativa a campanha deles: em cada lugar onde se apresentam, após a divulgação de suas propostas, que tem a ética como coluna mestra, sente-se claramente que elas mereceram a aprovação dos presentes, gerando assim uma força transformadora que se irradia pelos comentários que cada eleitor começa a fazer. Inicia-se a corrente da mudança.

Outro ponto muito importante do seu programa de governo é a participação popular. Para elaborar o seu projeto, foram ouvidas 120 mil pessoas da nossa capital. Haverá uma ênfase no fortalecimento dos conselhos regionais. O seu programa está sintonizado com o Programa Cidades Sustentáveis, o que dará à nossa capital um novo cenário.

Este Programa consiste em estimular a participação da comunidade local na tomada de decisões. Em consonância com ele, a economia urbana deve ser gerida preservando os recursos naturais, a equidade social, o correto ordenamento do território, a mobilidade urbana, o clima mundial, a conservação da biodiversidade, entre outros aspectos relevantes.

No seu plano de governo, Reinaldo promete divulgar diariamente a posição de caixa do tesouro municipal (como fez em sua administração municipal em Maracaju), dando transparência total aos pagamentos e aos recebimentos de verbas, para que a população possa acompanhar o movimento financeiro.

Essa iniciativa de um administrador público só se viu em nosso estado quando o dr. Harry Amorim Costa, nosso primeiro governador divulgava diariamente, pelo Diário Oficial, a posição de caixa do tesouro. Depois que ele foi demitido (era governador nomeado), essa prática nunca mais foi adotada. Por que será? Os administradores têm muito a esconder?

A cidade de Maracaju na administração do Reinaldo deu um salto: do 12º lugar que ocupava no concerto dos municípios do estado passou para o 5º lugar de cidade mais importante.

Foi também a primeira no estado, a ter 100% de ruas asfaltadas. Foram instaladas rede de esgoto e estação de tratamento de esgoto. A sua liderança se consolidou quando foi presidente da Assomasul, Associação dos Prefeitos de Mato Grosso do Sul, onde eleito por unanimidade.

Enfim, a campanha está nas ruas. Cabe ao eleitor consciente acompanhar e decidir. Eu já fiz a minha opção: votarei no Reinaldo Azambuja para prefeito e no Athayde Nery para vice.

(*) Heitor Freire é corretor de Imóveis e advogado.

heitorfreire@heitorfreire.com.br

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