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Exportar pode fazer sua empresa crescer!

Por Paulo Sérgio de Moraes Sarmento (*) | 12/11/2013 13:51

Por Paulo Sergio de Moraes Sarmento

O Brasil cresceu 2,9% na média dos últimos 15 anos. Como é média, vale lembrar que tivemos alguns picos, assim como alguns abismos. Por outro lado, O Banco Mundial prevê para nós, brasileiros, em 2018 um crescimento de 3,5%.

Ora, se pegarmos o crescimento de 2,9% e compararmos com os 3,5% projetados, teremos apenas uma evolução de 0,6%! Se quisermos ser otimistas vamos dizer que estamos crescendo e isso é uma boa notícia. Se formos mais prudentes vamos comparar esse dado com as projeções das demais economias do mundo e então vamos perceber que continuaremos do mesmo tamanho nos próximos anos. Quando chegarmos em 2018 e calcularmos a média dos últimos 20 anos, veremos que nem nos 3% chegamos!

Na minha visão, já que não somos a China, que terá o seu crescimento previsto pelo mesmo Banco Mundial de 9,5% em 2018, sugiro que aceitemos os fatos sem conformismos. É possível haver uma reação dependendo do plano de negócio e da postura que uma empresa venha a ter, não aceitando assim o futuro que mostram as estatísticas e as previsões. É assim que surgem as oportunidades: do inconformismo e do espírito de luta contra aquilo que não nos agrada, com o que nos ameaça! Esse é o raciocínio que deve existir no empresário. Observar o conjunto e separar o particular - um olho no peixe, outro no gato.

O Brasil poderá estar melhor ou pior que outros países, mas precisamos entender é como cada um de nós está nesse panorama. A gangorra da economia faz com que as posições se alterem por diversos fatores e o que é bom para alguns pode não ser para outros. Portanto, tudo é relativo e não há nada para se ficar empolgado! Atento, sim. Trabalhar duro, planejar sempre para evitar surpresas e aproveitar as oportunidades. Ambas existem!

Penso sempre nas oportunidades e vejo que muitas delas se encontram em outros mercados: exportar pode fazer muitas empresas crescerem. A exportação amplia os horizontes comerciais, expande as parcerias, fortalece a empresa, melhora o seu fluxo de caixa, exige melhores padrões de qualidade, aumenta a credibilidade e diminui a dependência do mercado interno. Além do que a empresa passa a valer mais.

Já foi mais complicado para uma empresa pensar em exportar. Hoje há facilidades, incentivos fiscais e menos burocracia para que ela faça parte do comércio exterior. No fundo, mais que as questões da variação cambial, ou da competição dos asiáticos, tudo é uma questão de mentalidade e atitude do empresário enxergar oportunidade na exportação e adequar o seu negócio.

No Estado de São Paulo, por exemplo, que tem a maioria das PMEs do país, temos apenas 1,6% delas exportando. Há vários casos de sucesso entre elas que passaram a ter uma importante rede de clientes no exterior e um significado acréscimo no seu faturamento e receita. As oportunidades são muitas, mas é importante que se observe alguns procedimentos para se tornar um exportador de fato:

• Planejamento estratégico;
• Identificação de mercados atraentes;
• Inteirar-se da burocracia brasileira;
• Atendimento às exigências dos mercados e adequação dos seus produtos;
• Preciso cálculo de custos e preços;
• Manter a continuidade dos negócios para que não fique apenas no primeiro embarque;
• Serviços de marketing;
• Suporte à logística de exportação;
• Possibilidades de fusões e parcerias com empresas estrangeiras;
• Ações para agregar valor tanto aos produtos como para a própria empresa.

É uma grande oportunidade para o desenvolvimento e crescimento das empresas que podem saltar para um novo estágio, tornando-as mais competitivas, mais lucrativas e com maior valor. Exportar é complexo porque necessita especialidade, mas é possível, viável e pode ser um ótimo negócio. Os mercados cada vez estão mais próximos e o mundo cada vez menor.

(*) Paulo Sérgio de Moraes Sarmento é economista e sócio da VSW Soluções Empresariais.

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