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Dilma com mais quatro anos? Pra que?

Por Ruy Sant’Anna (*) | 25/07/2014 10:00

O povo realmente acordou e discorda da conversa de alguns petistas e marqueteiro-mor que quer dar a impressão de que Lula poderia voltar. Todo mundo sabe que Lula nunca saiu do governo. Ele ainda não desencarnou e está assombrando com seus desmandos aos próprios companheiros. Lula tal Dilma também perdeu o rumo e a bússola.

De Lula, Dilma, Haddad e Padilha, nenhum deles sequer supunha que tudo pudesse dar tão errado como agora.
A barba petista está crescendo por inapetência administrativa e incompetência. O governo está desnorteado. Sabe fazer projetos mirabolantes e cria slogans até interessantes, mas não evoluem, não passa disso, e o povo está cheio de promessas porque vê que o governo desde o começo não desceu do palanque das promessas vazias. Com quase 12 anos petistas ainda querem jogar culpa sobre os outros...

Será que o TCU está acompanhando de perto as obras iniciadas e não acabadas (com dilapidação do patrimônio público), os superfaturamentos, jogo de empurra nos hospitais até sem esparadrapos, fechamento de leitos hospitalares pelo SUS, estradas esburacadas, portos entupidos com caminhões e caminhoneiros obrigados a pagar multas descabidas, aeroportos inacabados e outros com “enchente” por chuva em seu saguão de passageiros até na Capital do País. Lula e Dilma ainda querem que a presidente tenha mais quatro anos? Pra que? Só para manter compromissos com a sua base aliada, com dinheiro público?

O que falar então de membros da base aliada que desde Lula e agora Dilma sempre balançou a cabeça para dizer sim aos desmandos? Agora, com gestos metrificados, estudados e determinados por marqueteiros querem nos fazer crer que vão “cobrar” atitude desse governo ao qual pertencem? A exemplo do candidato petista Delcídio aqui no Mato Grosso do Sul... Cobrar o que se esses mal disfarçados sempre disseram amém ao governo petista? Creio que eles devem satisfação à “soberana” presidente Dilma porque com o barco “fazendo água” estão querendo abandonar o navio, mas é bom que saibam que ainda faltam praticamente três meses para a eleição. E disfarçadamente ou não, vão precisar fazer o “beija mão” da soberana e tentar alguma benesse palaciana de companheiro para companheiro, de preferência que ninguém os vejam.

Existe mérito e respeito àqueles que votaram em Dilma e hoje se arrependem dignamente do voto que deram erradamente. Todo mundo erra, mas permanecer no erro... Nem adianta o PT argumentar que Lula na atual situação faria melhor. Ele só foi melhor que Dilma porque encontrou o governo arrumado, pelo Plano Real que Lula e o PT tanto combateram. O Plano Real foi quem lhe garantiu estabilidade e governabilidade.

Hoje, o governo petista está sufocando as indústrias e é por isso que várias grandes indústrias, muitas médias e incalculáveis pequenas e mini-indústrias estão falindo ou simplesmente fechando, quando informais. Essa bagunça governista já está caindo em cima do comércio que vende menos mês a mês. Mas, a pergunta é: o que o governo pretende fazer para suprir esse sufoco à indústria e comércio, às bolsas, e para garantir aumento de salário dos funcionários públicos e destravar a economia etc.

No ano passado, o governo arrecadou UM TRILHÃO E QUINHENTOS BILHÕES DE REAIS dos brasileiros em impostos.
Por que agora as coisas seriam diferentes? Dilma precisa do eleitor agora, mas mesmo assim a experiência nos ensina que ela não cumpre o que promete.

A única classe na área econômica que se dá bem é a dos banqueiros que, conforme Lula sempre afirmou, NUNCA GANHARAM TANTO DINHEIRO COMO NO SEU GOVERNO, e continua com Dilma. Portanto, estão todos sobre o mesmo guarda-chuva petista.

Há dias jornalistas estrangeiros perguntaram à presidente por que a economia cresce tão pouco. Ela disse não saber. Foi sincera. Não sabe mesmo. Como não tem o diagnóstico, falta-lhe o prognóstico. Entre o passado, que ela ignora, e o futuro, que ela não antevê, há este enorme presente à espera de medidas corretivas que ela não sabe como tomar. Ocorre que seu governo é como seu discurso: um caos de fragmentos de idéias nem sempre claras, desordenadas por locuções fora do lugar ao que tem de ser feito. Ninguém entende nada, a começar por ela mesma.

O governo Dilma é uma seqüência de erros, que as gritarias e distorções de Lula não conseguem evitar.
O senhor Lula é a pessoa não indicada para dizer o que é certo ou errado e é muito menos indicado para ofender ou elogiar. Lula dizia que o plano real e os programas sociais de FHC eram errados, mas foi o governo de FHC que lhe deu sustentação econômica. Dizia que Collor, Sarney e Maluf eram ladrões, mudou de opinião e os trata como companheiros de reputação ilibada. Portanto a régua usada por Lula para medir as pessoas não é a mesma que gente decente utiliza.

Um dia desses, o ex-presidente Lula julgou ter encontrado a razão do problema econômico do governo. “Os empresários, de mau humor, deixaram de investir” teria dito. Isso é próprio das invencionices de quem não tem razão: transformar dificuldades que são objetivas, que são técnicas, em mera indisposição subjetiva é inconcebível. Há muito tempo estão dados os sinais de que o crescimento da economia, ancorado basicamente no consumo interno, já esgotou o seu ciclo.

Assim, a inflação iniciou em razão de circunstâncias que não eram do controle popular; agora, expande-se por motivos igualmente alheios à nossa vontade, mas por culpas conjunturais não resolvidas pelo governo, como desburocratização para exportação; também pela indexação da economia; travamento dos portos; a invasão econômica chinesa que tanto prejuízo causa à indústria e comércio porque o governo arreganhou-se à importação. Os consumidores da mesma forma estão no prejuízo devido à baixa qualidade dos produtos chineses, além do mercado de trabalho que também é prejudicado pelos produtos chineses etc. E lá está o Ministro da Fazenda com previsões na base do “chute”. Na verdade o consumo exagerado trouxe-nos o recrudescimento da inflação. E o pior dessa impensada atitude do governo que não fez plano emergencial para sair dessa inflação que era prevista, as famílias brasileiras é que sofrem e dia a dia aumenta o número de pessoas endividadas e inadimplentes. Com isso surgem as restrições do crédito para empresas e pessoas físicas.

Essa é uma mínima influência negativa desse governo que dá para mostrar aqui, devido o pouco espaço. Então, pra que mais quatro anos pra Dilma? Em resposta a essa ingovernabilidade e muitos mais é que a data de 5 de outubro marcará o antes e o depois do Brasil, garantindo à presidente Dilma a tranqüilidade de seu lar. Nessa união cidadã vamos nos manter unidos na democracia e desenvolvimento nacional, sem falsidades. Dou-lhe aqui o meu bom dia, o meu bom pra você sul-mato-grossense.

(*) Ruy Sant’Anna, jornalista e advogado

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