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Desenvolva sua Capacidade de Poupança!

Por Samuel Magalhães (*) | 04/04/2015 10:17

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, ter um bom salário não quer dizer ser independente financeiramente, muito menos ser rico. Sei que esse tipo de afirmação contraria a lógica, mas a lógica, às vezes, precisa ser contrariada.

Conheço um promotor que ganha R$ 25 mil por mês e, mesmo assim, vivia no cheque especial. Conheço também um vendedor que ganha menos de R$2 mil por mês e ainda consegue economizar pelo menos R$500 todo santo mês.

Como podemos ver, nem um dos melhores salários do funcionalismo público foi suficiente para este homem da lei colocar suas finanças em ordem. Enquanto para o vendedor, um salário bem inferior foi mais do que o bastante para ele pagar todas as suas contas e, ainda por cima, poupar uma boa quantia.

A despeito do que a maioria de nós costuma pensar, os rendimentos pouco dizem sobre nossa saúde financeira. O que realmente conta é nossa Capacidade de Poupança, ou seja, quanto do que recebemos todos os meses conseguimos poupar para investir no nosso futuro e alcançar nossos objetivos.

Obviamente, pessoas que possuem altos rendimentos, tem – ou pelo menos deveriam ter –uma probabilidade de economizar quantias maiores. Lamentavelmente, tal lógica não encontra eco na realidade. O que vemos, na maioria das vezes, é o oposto.

Um promotor, ou qualquer outra pessoa que ganhe um bom salário, possui um padrão de vida proporcional aos seus vencimentos. Ou seja, quanto mais se ganha, mais se gasta – no caso do meu amigo, gastava mais até do que ganhava. Portanto, esse altíssimo salário acaba não ajudando tanto quanto poderia, já que os gastos vem a reboque.
Um contracheque gordo não é garantia de uma vida financeira bem-sucedida. Se esta pessoa não poupar parte do que ganha e utilizar esses recursos para investir no seu futuro, pode até viver bem pelo resto da vida, mas dificilmente atingirá sua independência financeira.

A maioria das pessoas acredita que a única forma de melhorar suas finanças é aumentando seus rendimentos. Logicamente, ganhar mais ajuda, mas somente até certo ponto. Para isso, você precisa poupar parte desse ganho. E é aí onde a maioria peca: os ganhos a mais são acompanhados de gastos a mais. E quando se gasta tudo que se ganha, não sobra nada para poupar, muito menos para investir. Seu padrão de vida pode até ter melhorado, mas lembre-se: riqueza não diz respeito a quanto se gasta, mas sim a quanto se poupa, quanto se investe e, consequentemente, quanto esses investimentos rendem para você.

Felizmente para meu amigo promotor, ele casou-se com uma mulher que pôs um fim ao seu lado perdulário, livrando-o definitivamente das agruras do cheque-especial. Brinco, até hoje, dizendo que esse foi o melhor investimento que ele já fez. No fundo, sei que ele tem consciência disso. Portanto, independente do quanto você ganhe, caso almeje ter um futuro financeiro próspero, é bom começar a melhorar sua capacidade de poupança já. Ou então, faça como meu amigo: case-se com alguém que faça isso por você!

(*) Samuel Magalhães, graduado em Administração pela UEC e sócio-fundador da Invista Fácil

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